PIONEIROS DA AUDITORIA MÉDICA NO BRASIL | Dr. Stephen Doral Stefani

SBAM | 20 Jun 2025

Dr. Stephen Doral Stefani – Uma trajetória que conecta auditoria, oncologia e farmacoeconomia à prática médica responsável.

O médico Stephen Doral Stefani, CRM/RS 20675, formou-se pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul em 1994, com especializações em Medicina Interna (RQE 11301) e Oncologia (RQE 13045). Realizou residência médica no Hospital de Clínicas de Porto Alegre nas mesmas especialidades e complementou sua formação com fellowship em Oncologia na Universidade da Califórnia – San Francisco e Stanford, nos Estados Unidos.

Posteriormente, aprofundou sua atuação na área de Auditoria Médica com pós-graduação pela Fundação Unimed e Universidade Costa Gama.

Apaixonado por viagens, dedica-se a estudar os contextos culturais e sociais dos destinos que visita, reforçando seu olhar atento e analítico para além da medicina.

Contribuições para a Auditoria Médica no Brasil

Sua atuação em auditoria começou no ano 2000, na Unimed Porto Alegre e na Capesep, logo após seu retorno dos EUA. Naquela época, a auditoria era generalista, mas Stephen percebeu a necessidade de desenvolver uma atuação específica para a oncologia, diante do crescimento dos custos e da complexidade dos medicamentos oncológicos.

Foi pioneiro na implantação dos formulários de solicitação oncológica, que se tornaram referência em todo o país — prática ainda utilizada até hoje. A partir dessa iniciativa, expandiu seu trabalho, prestando consultoria especializada para operadoras de saúde em todo o Brasil.

Com uma visão ampliada, implementou conceitos de farmacoeconomia na formulação de protocolos assistenciais, tornando-se sócio fundador e presidente do capítulo Brasil da Sociedade Internacional de Farmacoeconomia e Estudos de Desfechos (ISPOR). Atuou ainda como chair do Comitê Latino-Americano da ISPOR e como membro do board internacional da entidade.

Com formação complementar em Oxford (Reino Unido) e Harvard (EUA), também ministrou aulas sobre gestão e economia da saúde nessas instituições. Além disso, é o coordenador do Fórum de Farmacoeconomia e Gestão de Buenos Aires, que já soma 20 edições, reunindo dezenas de auditores do Brasil e da América Latina.

Produção científica e impacto global

Dr. Stephen acumula publicações em revistas científicas de alto impacto, como Value in Health, Pharmacoeconomics, Lancet e Nature, sempre destacando que auditoria médica também é ciência.

Foi membro do conselho editorial da Lancet Oncology e atualmente atua como chair do conselho da America Health Foundation, com sede em Washington, coordenando debates e publicações científicas em todo o continente americano. Recentemente, publicou o livro “Saúde (em) Crônicas”, no qual traduz debates complexos da gestão em saúde para uma linguagem acessível ao público em geral.

Sua visão sobre a auditoria médica

Para Dr. Stephen, a auditoria é uma ferramenta de qualificação técnica, que aumenta as chances de uma medicina mais crítica, baseada em evidências sólidas e na responsabilidade assistencial.

Desafios e papel da SBAM

Entre os desafios da profissão, ele destaca a necessidade de desconstruir a visão distorcida de que a auditoria se resume ao controle de custos. Embora o controle financeiro seja parte do processo — para evitar a chamada “toxicidade financeira” —, ele ressalta que não se pode aceitar uma economia a qualquer custo.

Ao avaliar a importância da SBAM, reforça que a sociedade aproximou os auditores de todo o país, criou uma rede de suporte, qualificação técnica e promoveu o fortalecimento da auditoria como uma área de conhecimento robusto e estruturado.

Segundo ele, a SBAM assume com coragem a responsabilidade de conduzir uma agenda científica independente, capaz de estimular debates técnicos de alta relevância, mesmo quando não são necessariamente temas confortáveis para o mercado ou para os sistemas.

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