Blog SBAM – Série Pioneiros da Auditoria Médica

Alexandre Miranda Pagnoncelli: o compromisso com a técnica e a construção de pontes institucionais

Na série “Pioneiros da Auditoria Médica”, o Dr. Alexandre Miranda Pagnoncelli compartilha sua trajetória marcada por uma atuação ética, técnica e comprometida com o fortalecimento institucional da auditoria médica no Brasil. Com mais de 20 anos de experiência na área, Pagnoncelli é médico, auditor, gestor e referência nacional em auditoria e saúde suplementar. Atualmente, exerce também a função de Diretor Tesoureiro da SBAM na Gestão 2025–2028.

Ao relembrar o início da sua jornada, Pagnoncelli destacou que o primeiro contato com a auditoria ocorreu por necessidade prática, ao assumir funções administrativas em operadoras de saúde. A partir desse ponto, a busca por formação técnica se tornou prioridade, levando-o a especializações em gestão de saúde, auditoria médica e regulação.

Na entrevista, o médico enfatiza a importância da formação continuada e do domínio das normativas técnicas, especialmente aquelas relacionadas à ANS. Para ele, a auditoria médica vai muito além da glosa: é uma ferramenta estratégica, que protege a prática clínica ética, o paciente e a sustentabilidade do sistema.

Pagnoncelli também abordou os desafios enfrentados pelo auditor, como a pressão por metas, o desconhecimento de outros profissionais sobre o papel da auditoria e a judicialização da saúde. Frente a esse cenário, defende um modelo baseado em evidências, alinhado com protocolos clínicos e orientações técnicas vigentes.

Outro ponto de destaque foi sua defesa de uma atuação integrada entre auditores e equipes assistenciais, pautada pelo respeito técnico e pela busca por melhores desfechos clínicos. Para ele, o auditor precisa ser um elo confiável entre a gestão e a assistência, capaz de dialogar com diferentes esferas institucionais, inclusive com o judiciário e com órgãos reguladores.

Ao ser questionado sobre o futuro da área, Pagnoncelli reforça a necessidade de valorização da auditoria médica especializada e da inovação baseada em dados e inteligência clínica. A formação de novos profissionais também é uma de suas bandeiras: acredita que o ensino da auditoria deve ser introduzido ainda na graduação, como parte fundamental da formação médica.

Sua atuação como membro da comissão científica do IV Congresso Brasileiro de Auditoria Médica, membro da Diretoria SBAM da Gestao 2025-2028 e moderador da palestra magna do IV Congresso Brasileiro de Auditoria Médica, reforça seu compromisso com o desenvolvimento técnico da área. A entrevista deixa uma mensagem clara: a auditoria médica precisa ser reconhecida não como instrumento de limitação, mas como um braço técnico de apoio à boa prática médica, à equidade e à qualidade assistencial.

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